sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Coisas que nos fazem continuar

As vezes nos decepcionamos com as coisas que nos cercam, com as aberrações e falta de fundamento, mas quando vemos Orixás que nascem por nossa mão. na nossa casa repondendo tão bem nos deixa gratificados por nossas escolhas. A pouco tempo deitou uma filha minha com um Amací, filha de Oyá, doida, briguenta, desbocada como quase toda filha de Oyá, mas no momento que minha filha precisou que Oyá linda lutando suas guerras..
Epahey Minha Mãe Querida

História triste - parte 01

A algum tempo um amigo do Bairro Castelo Branco II me convidou para umas funções lá...No inico lembramos que o dendê era pouco e fui em um bar muito conhecido lá, que tem de tudo um pouco. Quando vi uma Titan vermelha com um casal chegando, ele de preto e vermelho, bombacha, bata, tudo, ela igualmente, saia e blusa vermelha, imaginei que iam a alguma terreira e não queriam te de se vestir por lá. Minha surpresa foi o dito chegar na janela e gritar "Dá um marafo prá eu e uma papanhe prá ela e bota na conta do meu..." Depois fiquei sabendo pelo dono do bar que eram Seu Tranca-Ruas e a dona Padilha os clientes inusitados. Ainda me pergunto se o seu Tranca tem carteira para carro e moto ou só moto...

Coisas boas que a net trás

Muitas vezes nos surpreendemos com as boas coisas que adveem de um veiculo tão conturbado como a internet. Ontem mesmo me deparei com o site do irmão Deodé, onde traz histórias do batuque lindissimas. O Orkut e suas comunidades, onde mesmo com tantas intrnsigências, fakes, disconrdâncias, nos enriquece tanto de conhecimento sobre o que os outros fazem, e muitas vezes sobre as surpresas de nosso próprio conhecimento. Através destas comunidades conheci irmãos queridos, que mesmo sem nunca termos contato visual são presentes em minhas rotinas e citações. Que bom que ainda existem coisas boas na rede, assim como na vida real ainda exista o que se aproveite...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Telefone celular do além

Não costumo visitar outras casas, até por evitar ver certas coisas, mas a um tempo atrás, depois de vários convites de um amigo tive de ir a uma terreira de Exú na casa de seu PDS. Luxuosa, grande, as pessoas todas muito bem vestidas e tal. Como não era convidado do dono da casa não levei roupas próprias e fiquei na assistência. Tudo corria bem até que a esposa do dono, incorporada com o Exú Maré, lindamente trajado com uma roupinha de pirata, com direito a pistola de madeira e tudo me falou "Compadre, tua mãe tá triste contigo" Logo perguntei se era a Mãe Oyá, o que eu tinha feito, e o Exú me disse "Não...tua mãe de carne. Tú não procura mais ela, não visita, nem essa coisa que vocês usam prá se falar (celular) tú não usa prá ela" Detalhe...minha mãe morreu a muitos anos, e eu que ou burro nem sabia que tem celular pro além. Se for de uma certa operadora melhor que tenho bônus. Tanta riqueza, luxo e fama prá uma palhaçada dessas...

"Tirada de mão"


Vamos lá...depois eu que sou louco e intransigente. Ou aprendi tudo errado com o velho e saudoso "Biba do Ogum" ou numa retirada de mão, o que por sí só já é um termo estranho já que mão não se tira, se alivía...iamos em água corrente, passavamos os pacotes, vela, sabão, pente virgem, etc... e depois de tudo soltavamos o embrulho com as coisas para que os Orixás levassem aquele axé retirado. Pois bem, hoje tenho visto esse mesmo processo ser feito em quarto-de-santo, dentro de uma bacia. Me pergunto como fica a etapa das águas levarem o axé. Outra coisa é o tempo! Sou do tempo que um Amací durava 24 horas, tudo calmo, descente, onde o iniciado tinha esse tempo de silÊncio para refletir em sua nova vida, para que seu Orixá pudesse ter maior contato, essas coisas. Hoje vemos Amacís de 3 horas, e até de minutos. Filhos saindo de um Amací e indo a boate com o Pai de Santo. Gente do céu, ou eu enlouqueci ou "tá" tudo virado.

Quem somos...

As vezes fico me perguntando quem somos...primeiro tinha um conceito dos cultos de matriz afro que praticamos como algo sério, voltado ao desenvolvimento espiritual, e porque não, material também dos adeptos. Pensava que uma casa de religião deveria ser regida por primazias como : seriedade, caridade, amizade mútua, responsabilidade, entre outros. Pois bem, nos últimos tempos em minha cidade, Rio Grande, tenho percebido que a coisa descambou para lados obscuros demais. Noticias chegam a toda hora de pomba-giras nuas da cintura prá cima, casos sexuais entre Pais de santo e filhos, comércio insdiscriminado, sem contar que em muitos salões existe tudo, desde excesso de alcool até libertinagem. Onde fica o socorro, a caridade, o fundamento da nossa fé? Onde ficam as palavras de conforto e muitas vezes as nescessárias advertências dos queridos espíritos que baixavam em nossos terreiros? Será que voltaram prá África? Ou nós que perdemos nossa identidade, nossa vergonha na cara?